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terça-feira, novembro 27

Polícia investiga suposto abuso sexual em escola de Santo Ângelo


Três adolescentes com deficiência auditiva teriam sofrido violência do professor de libras

Foi aberto inquérito policial sobre casos de abusos sexuais envolvendo alunos com deficiência auditiva na Escola Estadual Esther Schroeder, no município de Santo Ângelo. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente após denúncia feita no mês de junho pela mãe de um aluno de 13 anos.

Ela contou que seu filho havia sido molestado pelo professor da disciplina de Libras, no mês de abril, após participar de uma festa de aniversário de outro colega. A Delegada de Polícia, Elaine Maria da Silva, afirma que após iniciar a investigação, apurou que outros 2 alunos adolescentes e deficientes auditivos também dizem ter sido vitimas do professor, que assim como eles é surdo.

A Promotoria Especial de Educação, através da promotora Rosangela Corrêa da Rosa, acompanha o caso desde junho. Na primeira audiência realizada, foi solicitado acompanhamento psicológico dos 3 estudantes e o afastamento do professor.

O coordenador regional da 14ª CRE, Adelino Seibt diz que o docente de Libras está afastado das atividades na escola estadual durante todo o período de investigação do inquérito policial. O professor, no entanto, é concursado do município de Santo Ângelo desde 2005. Conforme o Secretário de Educação, Délcio Freitas, ele continua desempenhando normalmente suas atividades, pois até o momento nenhuma reclamação que desabone sua conduta foi registrada.

A mãe de uma das vítimas diz que o professor chegou a praticar abuso sexual dentro da própria escola, obrigando os alunos a assistirem filmes pornográficos. “Tudo isso é alvo de investigação. Como o processo correrá em segredo de justiça, não tenho como confirmar esses fatos”, salientou a delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente, Elaine da Silva. "Ela confirmou que tinha dificuldades para encontrar um profissional com domínio na língua de sinais e completamente isento com as partes envolvidas para pegar os depoimentos."

“Os demais professores especializados existentes no município possuem relações com o professor ou com os alunos, o que dificulta a lisura da investigação”, comenta a delegada. Elaine afirma que já possui um especialista em libras de uma cidade da região e, que na semana que vem, irá tomar o depoimento do professor e também dos três estudantes.

Fonte: Site Correio do Povo 

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