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sábado, junho 30

Sistema Carcerário: a experiência do Presídio Estadual de Arroio do Meio



Jornal do Almoço mostra como presídio de Arroio do Meio, no RS, virou modelo de ação comunitária

O Presídio Estadual de Arroio do Meio foi apresentado  durante a cúpula dos povos no rio mais 20 como modelo de atuação comunitária.

O Jornal do Almoço (RBS TV) mostrou em matéria deste sábado como o Presídio alcançou esse patamar de referência.

O Diretor do Presídio, Eduardo da Silva,  e a Presidente do Conselho da Comunidade Carcerária mostraram as instalações do Presídio ao repórter da RBS TV, Cícero Copello.

As instalações dos presídios são muito diferentes daquilo que costumeiramente se vê quando ocorrem visitas a presídios, segundo as imagens e a fala do jornalista.

Segundo a Presidente do Conselho da Comunidade Carcerária, o trabalho é assegurado para quem desejar ocupar o tempo. 

‘Todos os que querem
trabalhar
e se ocupar tem oportunidade’.
 


Cada setor tem salas específicas, presos do regime fechado tem um ala e do semi-aberto outra. Eles não se encontram, nem mesmo nas salas de aula. Essa realiadde aumenta a disciplina e as oportunidades.

Mais de 50% dos presos em regime fechado estão estudando. Eles aproveitam esse tempo para o instituto da remição da pena. Quando saem do presídio vão para o mercado de trabalho, já que estão inseridos em cursos profissionalizantes.

O judiciário assina a redução de pena para quem tem mérito carcerário, ou seja, uma avaliação positiva na execução da pena.  É uma forma de reinserção na comunidade.

Segundo o Diretor do Presídio o diferencial dos detentos no regime mais brando, aberto, que tem direito a serviço externo e estão trabalhando, é que com um sistema de fiscalização com relação as suas cartas de emprego e locais de emprego atuante, gera um índice muito baixo de conversão dos detentos ao regime mais grave, ou seja, fechado.

Mantendo o tempo e a mente ocupados os êxitos são maiores. Exemplo na matéria foi a de um condenado a 07 anos por tráfico de drogas, de 30 anos de idade, que manifestou que ter a escola e oportunizar ao preso a satisfação das suas necessidades é algo positivo.

Além de cursos, os presos têm atendimento em saúde e psicologia. Para os dependentes químicos também estão garantidos o atendimento em postos de saúde e hospital.

Todo o trabalho de ampliação do Presídio, como pintura e cursos, teve um custo pequeno ( mais ou menos R$ 130 mil) e contou com a ajuda financeira de seis cidades da comarca de Arroio do Meio.

Por ser considerado modelar, o Presídio foi apresentado pela Pastoral Universitária na Rio + 20.


Segundo Alexandre Scherer Neto, representante da pastoral universitária, os jovens estão buscando  soluções para que, tratados de forma humana os presos possam voltar à comunidade integrados.

Os presos são de periculosidade baixa, a disciplina é rígida, o índice de entrada de celulares e droga é zero, e não há superlotação.


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