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sexta-feira, março 30

Operação NAVALHA contra o tráfico internacional na Fronteira Oeste



A Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Civil em São Borja, na Fronteira Oeste, na manhã desta sexta-feira, busca combater o tráfico internacional de drogas na região. Até o momento, 77 pessoas já foram presas e mais 18 mandados de prisão serão cumpridos. Conforme o titular da 1ª Delegacia de Polícia do município, delegado Gerri Adriani, a localização grográfica facilita a entrada de entorpecentes e armas na cidade. "Pela proximidade com Paraguai, Argentina e Uruguai, a rota é de grande tráfego de veículos, o que contribui também para a passagem de drogas", explica.

As investigações da operação começaram há dois anos, após uma outra ação que resultou em 37 presos. No período, foram identificadas 13 quadrilhas ligados os tráfico, envolvendo mais de 150 pessoas. "Foi possível vincular associação para o tráfico a 95 pessoas, então solicitamos os mandados judiciais", diz.

Adriani acredita que não é possível dizer que o tráfico foi extinto na cidade, pois é muito dinâmico. "Mas, certamente, ajudamos a frear as ações desses grupos", afirma. Entre os envolvidos estão profissionais como advogados e empresários da cidade, conforme o delegado.

O planejamento e a execução contaram com apoio de policiais civis de Porto Alegre e região Metropolitana, em razão do grande número de mandatos de prisão e busca e apreensão, que totalizam 124. Foram deslocados 632 policiais civis e 155 viaturas, que apreenderam drogas, veículos e dinheiro. As investigações sobre as ramificações internacionais envolvidas no tráfico na região poderão ser aprofundadas por outros órgãos, como Polícia Federal.

O inquérito atual se desdobrou em 13, um para cada facção, cujo prazo para conclusão é de 30 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Adriani diz que as pessoas já foram incriminadas, portanto não deve estender muito a conclusão, apenas formalizar a documentação referente às prisões.

Apesar de complexa, a ação serviu como um aprendizado para a Polícia Civil, segundo o delegado. "Isso demonstra que o Estado tem capacidade de combater o tráfico em grande escala e que não vamos deixar que avance a um ponto incontrolável", ressalta.

Fonte: Correio do Povo

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