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sábado, novembro 27

Ministério Público recorre da sentença condenatória de Roger Abdelmassih


O Ministério Público apresentou, nesta sexta-feira, um recurso à Justiça contra a condenação do médico Roger Abdelmassih a 278 anos de prisão, segundo informações oficiais. Ele foi condenado por crimes sexuais, como estupro e atentado violento ao pudor, contra 37 pacientes de sua clínica de reprodução entre 1995 e janeiro de 2008.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que acompanharam as investigações da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) e denunciaram Abdelmassih, apresentaram o recurso na tentativa de aumentar a pena fixada pela juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal da Capital.

Para eles, os 278 anos de prisão não podem ser considerados como pena alta, porque foi aplicado o tempo mínimo legal para cada tipo de crime praticado. Segundo eles, "os 278 anos de reclusão são reflexo da conduta do médico na prática de dezenas de crimes e a sentença não considerou as circunstâncias previstas em lei que justificam a aplicação da pena acima do mínimo previsto no Código Penal, como as condições do agente (Abdelmassih) e das vítimas".

No recurso, a condição das vítimas foi enfatizada: "mulheres que na expectativa da maternidade se entregaram ao tratamento feito pelo médico, inclusive com uso de medicação". Por outro lado, Abdelmassih, no exercício de sua profissão, teria se aproveitado da situação para cometer os crimes, utilizando seu consultório. A sentença considerou que o médico cometeu 48 crimes, porque algumas vítimas foram atacadas mais de uma vez.

O advogado do médico, José Luis Oliveira Lima, disse que vai recorrer da decisão que condena seu cliente a 278 anos de reclusão. Abdelmassih aguardará o recurso em liberdade.

Famoso especialista em reprodução assistida, Abdelmassih foi preso em em 17 de agosto de 2009. Em dezembro, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, concedeu liberdade ao médico. Ele foi denunciado por crimes de estupro praticados contra mais de 50 mulheres que dizem ter sido suas pacientes.
(Fonte: Site Terra)

As investigações contra Abdelmassih começaram em 2008, quando ex-pacientes procuraram um grupo especial do Ministério Público para denunciar o médico por crimes sexuais. A maior parte das mulheres tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários Estados do País.

Fonte: Site Terra

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