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terça-feira, setembro 28

Escutas telefônica revelam que presos ordenavam execuções de dentro da prisão

Em telefonemas gravados pela polícia, apenados combinam até a cobrança de R$ 1,2 mil por morte.

Ao investigar a morte de um traficante em Eldorado do Sul, a Polícia Civil descobriu, por meio de telefonemas gravados em 14 meses, um esquema de execuções coordenadas de dentro da Penitenciária Estadual do Jacuí, no complexo carcerário de Charqueadas. A operação que levou à prisão de 31 pessoas nos últimos meses voltou a evidenciar a fragilidade da segurança das cadeias gaúchas, que permite o ingresso de telefones dentro das celas. Nos últimos anos, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) anunciou providências contra a farra de celulares, mas os projetos ainda não viraram realidade (veja texto abaixo).

Segundo delegado Rodrigo Zucco, o assassinato do traficante Jonas Adriano Rodrigues da Silva, 22 anos, em julho de 2009, no centro de Eldorado do Sul, foi o pontapé para as investigações do esquema que estaria por trás de pelo menos cinco mortes. Suposto líder de um dos grupos, ele teria sido morto a mando de uma mulher que comandava uma quadrilha rival.

Em um dos áudios, segundo os investigadores, a suspeita acerta a execução com um preso do regime fechado, que repassa as instruções a um detento do semiaberto. De acordo com a Polícia Civil, o homicídio foi negociado por R$ 1,2 mil. Vestindo toucas ninjas, os dois criminosos contratados chegaram em uma caminhonete Fiorino roubada em Canoas e depois fugiram a pé.

Outros quatro homicídios também estariam entre as ações dos bandos. É o caso da morte de Paulo Roberto Alves, 39 anos, baleado com tiros de fuzil AR-15, também por dois encapuzados em uma caminhonete.

O crime ocorreu em fevereiro de 2009 e teria sido motivado por desavença na divisão de dinheiro proveniente de tráfico e assaltos.

Entre as pessoas capturadas desde junho, quatro são adolescentes. Também foram apreendidas drogas e armas de grosso calibre, ainda não contabilizadas pela delegacia.

Como a operação está em andamento, os nomes dos líderes ainda não foram divulgados pela polícia.
(Fonte: Zero Hora)

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